quarta-feira, abril 19, 2006

cinco dias...era preciso mais

Mais de 12 horas dentro de um ônibus, olhos curiosos e sentimento de descobertas. Foi assim que fui ao encontro da Bahia de todos os Santos.
Ao sair da rodoviária um breve passeio de carro para ficar com água na boca. Realmente, a orla deles é extremamente grande e bela.
Dicas de lugares para visitar num pedaço de papel e fui "desbravar" a cidade do Afro-sambas:
Itapuã, Acarajés (camarões enormes), Piatã, Lagoa do Abaeté, Pelourinho, bar raiz na cidade baixa (Elevador Lacerda) e na alta, Rio Vermelho, Boca do Rio, Jardim de Alah, Parque Costa Azul, Felícia (boteco quem tem a figura ilustre , seu “bodinho”, marido de Felícia, um véio safado danado que vive dando trabalho para a esposa e para as meninas do lugar), Escambo (o colorido faz parte das duas paredes. È arte por todos os lados).
Bem, confesso que não conheci quase nada na cidade de Salvador. No entanto, deu pra sentir um pouco das pessoas de lá. Quase dois dias dentro de uma casa possibilita essa descoberta.
Uma galera que fala dançando, com um jeito que é bom de ouvir. Dá até uma impressão que a música faz parte da essência de cada um deles O ileaê, saravá! Um povo sossegado, sem muita pressa, eles vão deixando que o rumo natural das coisas guie seus passos, com salvas exceções, é claro, de pessoas e situações. Acho que cansei o povo, com minha ânsia de fazer tudo e agitar as histórias. Sai de lá com a sensação que, às vezes, é preciso parar e sentir.

(obrigada a todos os Soteropolitanos)

Curiosidades:
Lasquine é o Lá-e-Lô no dominó
Um cara goiaba é um cara leso, que ri de tudo (Goiaba aqui é outra coisa)
“Saciseiro” é um cara sujeira, malandro (pode ser bom ou ruim, depende do contexto).
“Barril” é uma bronca pesada
“Vamos se bater” é vamos nos encontrar

6 comentários:

Ivana de Souza disse...

Fiquei justamente imaginando o choque de ritmos: Betita x Baianos. Pelo menos estranheza deve ter causado, né? Hahahaha.

Sobre o pão: sem falsa modéstia, ficou fudéééno!

betita disse...

hahahaha. Era o tempo todo, eu querendo fazer isso fazer aquilo. agitar...Mas, confesso, eles venceram. Cerveja gelada, um feijão maravilhoso, adjacentes...e pronto. Acho que ainda estou no ritmo deles.

Não tenho dúvidas, pela foto deu pra imaginar como ficou bom o pão.

Gabi * disse...

Fui num evento em Sta Teresa outro dia e lembrei de vc dizendo que, se viesse pro Rio, ia morar por lá. Uma mistureba de sons, credos e pessoas. Maracatu, samba, afoxé... oxe! Largo do Amparo, Pelourinho e Santa Teresa. Tudo ao mesmo tempo agora. E viva a diversidade!

Anônimo disse...

Lasquine é o Lá-e-Lô no dominó?
Translate please!!!! :]

betita disse...

Anne, linda, lá-e-lô é uma jogada no dominó, uma batida, para ser mais precisa. Quando você bate com o duque e terno, por expemplo, e de um lado tem terno e do outro duque é lá-e-lô. E eles ainda tem uma história de lasquine fechado...uma viagem. Sim, mas, e ai como se chama?

betita disse...

Gabi, eu quero viver essa diversidade...pensamento bom para isso. Um chêro