Mas não será abrindo as pernas...
Quero fuder com o que há de podre nele, de ruim, pois o mau cheiro já chegou à sala de estar e aos quartos. A casa começou a ficar inabitável.
Não há mais possibilidade de calar os olhos e fechar a boca.
Começaram subindo pelos fios das antenas da Tv aberta ou a cabo. Quando dei por mim, lá estavam eles, roubando, controlando, manipulando. Parecia que éramos marionetes naquelas mãos grandes, estonteantes e deslumbrantes.
Fiquei com medo, acuada, assustada.
Tentei gritar, mas todos estavam hipnotizados pela música da serpente. Então, colocaram o chip da fantasia nas mentes tranqüilas de outros dias. Fantasia de um mundo mergulhado no espectro, nos olhos do perverso.
Vivemos agora num deserto.
Não há mais escolhas por escolhas, apenas escolhas por...porque isso se deve consumir. Não tenham trabalho de pensar, apenas, peguem o que tiver ao seu alcance?!
E assim como são as coisas são as pessoas.
Mataram o romantismo com balas de prata, sem deixar migalhas de pão, para a pobre Maria-João achar o caminho de volta.
Criaram a floresta das sensações.
O sentimento foi deixado na despensa.
O que satisfaz é belo e cultuado, mas, até o dia em que não mais satisfaz. Daí, é deixado de lado, escondido, esquecido, no fundo do poço.
Os sentimentos de outrem não valem mais que um ou dois contos de réis.
E assim o balé das sensações vai imperando.
Hoje desejo isso, aquilo e aquele.
Amanhã não mais.
Fecho a porta.
Olho no espelho
e enxergo apenas
o meu desejo.
quarta-feira, maio 31, 2006
quinta-feira, maio 25, 2006
Apenas duas pernas.
"Estou procurando, estou procurando. Estou tentando entender. Tentando dar a alguém o que vivi e não sei a quem, mas não quero ficar com o que vivi. Não sei o que fazer do que vivi, tenho medo dessa desorganização profunda. Não confio no que me aconteceu. Aconteceu-me alguma coisa que eu, pelo fato de não saber como viver, vivi uma outra? A isso quereria chamar desorganização, e teria a segurança de me aventurar, porque saberia depois para onde voltar: para a organização anterior. A isso prefiro chamar desorganização pois não quero me confirmar no que vivi - na confirmação de mim eu perderia o mundo como eu o tinha, e sei que não tenho capacidade para outro".
(Clarice Lispector. Paixão Segundo G.H)
(Clarice Lispector. Paixão Segundo G.H)
terça-feira, maio 23, 2006
Proezas de Antônio Esaú
Existe um município
No Sertão paraibano
Que mina doido e poeta
Que nem peixe no oceano
É minha querida musa
Terra de Zé de Cazuza
Prata de grande arcano.
Quando lá fui um humano
Que da nascente é tirado
Deus espera c’um pincel
Pra deixar logo marcado
Entre mil, um escolhido
Pincelado e promovido
A ser um iluminado.
Por Deus ele é guiado
Sem muita preocupação
Passando fome ou fartura
Calçado ou de pés no chão
Vai sua vida levando
Bem contente e se engraçando
Com qualquer situação.
Germinou nesse sertão
Um caboclo pincelado
Baixinho e presepeiro
Briguento embriagado
Monta num jegue sem cela
Faz das ruas passarela
Tocando “pife” montado.
Atende quando é chamado
Por Antônio Esaú
Nos dias de feira livre
Visita logo a pitu
Que de ser sóbrio se safa
E quando sai da garrafa
Fica que nem urubu.
Procurando um cururu
Apodrecido no chão
Só que o seu cururu é
Uma doce confusão
E na hora que ele encontra
Dá um rasante se apronta
Pra pegá-la com a mão.
No meio da confusão
Pancadas descomunais
São lançadas por Antônio
Nas suas brigas banais
Que só vejo a terminar
Quando o povo vai chamar
Dois ou três policiais.
Um desses dias banais
Antônio foi algemado
E levado pra cadeia
Pra ficar tranqüilizado
Dormiu na delegacia
Com raiar de outro dia
Foi lhe soltar um soldado.
Viu na parede estampado
Um desenho anormal
De pessoas que retratam
Os policiais local
Que Antônio pintou sem tinta
E segurando na cinta
O guarda ver o mural.
Ao ver, com muita moral
Gritou ligeiro o soldado:
- Que diabo é isso, Antõe?
Antônio disse apressado:
- Antes que desapareça
O que só tem a cabeça
Repare que é o delegado.
Esse restante é soldado
Que o meu dedinho pinto
Depois diga ao delegado
Que assim sem corpo fico
E sem corpo vai ficá.
Nem termino de pintá
Porque merda acabô.
Do poeta Junior do Bode
(Cederei esse reles espaço para as poesias, os causos e as histórias desse jovem poeta, e de tantos outros, apaixonados pelo sertão paraibano)
No Sertão paraibano
Que mina doido e poeta
Que nem peixe no oceano
É minha querida musa
Terra de Zé de Cazuza
Prata de grande arcano.
Quando lá fui um humano
Que da nascente é tirado
Deus espera c’um pincel
Pra deixar logo marcado
Entre mil, um escolhido
Pincelado e promovido
A ser um iluminado.
Por Deus ele é guiado
Sem muita preocupação
Passando fome ou fartura
Calçado ou de pés no chão
Vai sua vida levando
Bem contente e se engraçando
Com qualquer situação.
Germinou nesse sertão
Um caboclo pincelado
Baixinho e presepeiro
Briguento embriagado
Monta num jegue sem cela
Faz das ruas passarela
Tocando “pife” montado.
Atende quando é chamado
Por Antônio Esaú
Nos dias de feira livre
Visita logo a pitu
Que de ser sóbrio se safa
E quando sai da garrafa
Fica que nem urubu.
Procurando um cururu
Apodrecido no chão
Só que o seu cururu é
Uma doce confusão
E na hora que ele encontra
Dá um rasante se apronta
Pra pegá-la com a mão.
No meio da confusão
Pancadas descomunais
São lançadas por Antônio
Nas suas brigas banais
Que só vejo a terminar
Quando o povo vai chamar
Dois ou três policiais.
Um desses dias banais
Antônio foi algemado
E levado pra cadeia
Pra ficar tranqüilizado
Dormiu na delegacia
Com raiar de outro dia
Foi lhe soltar um soldado.
Viu na parede estampado
Um desenho anormal
De pessoas que retratam
Os policiais local
Que Antônio pintou sem tinta
E segurando na cinta
O guarda ver o mural.
Ao ver, com muita moral
Gritou ligeiro o soldado:
- Que diabo é isso, Antõe?
Antônio disse apressado:
- Antes que desapareça
O que só tem a cabeça
Repare que é o delegado.
Esse restante é soldado
Que o meu dedinho pinto
Depois diga ao delegado
Que assim sem corpo fico
E sem corpo vai ficá.
Nem termino de pintá
Porque merda acabô.
Do poeta Junior do Bode
(Cederei esse reles espaço para as poesias, os causos e as histórias desse jovem poeta, e de tantos outros, apaixonados pelo sertão paraibano)
segunda-feira, maio 22, 2006
nascemos e morremos nas palavras
"Eu escrevo sem esperança de que
o que eu escrevo altere qualquer coisa.
Não altera em nada...
Porque no fundo
a gente não está querendo
alterar as coisas.
A gente está querendo
desabrochar
de um modo ou de outro..."
Clarice Lispector.
o que eu escrevo altere qualquer coisa.
Não altera em nada...
Porque no fundo
a gente não está querendo
alterar as coisas.
A gente está querendo
desabrochar
de um modo ou de outro..."
Clarice Lispector.
...quando ele passa...
Toda mulher tem ou já teve um homem que a deixa com a boca seca e o corpo molhado. Aquele sujeito de encontros inusitados, que quando você menos espera...
Pronto, estão os dois, face a face. Pernas bambas, rosto corado e o coração acelerado deixa a fala tremula e os olhos com um certo brilho. Tudo de forma extremamente delicada e disfarçada, quando possível, por belos sorrisos e boas gargalhadas.
Mas, o fato é que só ela sabe o que ele causa ao seu corpo, o que ele deixa quando some na próxima esquina. Parece que o sangue passou por um aquecimento repentino. Dá até para escutar o borbulhar da fervura sanguínea. A carne fica em transe, como se os ossos se transformassem em galhos verdes, que balançam com qualquer vento fraco. O pensamento vai a procura de falas instigantes e cheiros reveladores.
Tudo parece se preparar para o desejado. Inconsciente, ou conscientemente, o corpo, a alma, ou qualquer outra coisa, parece se arrumar para outra morada. Uma morada de horas, dias ou meses, ninguém sabe ao certo. Mas o que é impossível negar, esconder ou até mesmo esquecer, é o que esse rapaz faz ao cruzar o olhar, que muitas por muitas vezes, tenta até desviar.
Pronto, estão os dois, face a face. Pernas bambas, rosto corado e o coração acelerado deixa a fala tremula e os olhos com um certo brilho. Tudo de forma extremamente delicada e disfarçada, quando possível, por belos sorrisos e boas gargalhadas.
Mas, o fato é que só ela sabe o que ele causa ao seu corpo, o que ele deixa quando some na próxima esquina. Parece que o sangue passou por um aquecimento repentino. Dá até para escutar o borbulhar da fervura sanguínea. A carne fica em transe, como se os ossos se transformassem em galhos verdes, que balançam com qualquer vento fraco. O pensamento vai a procura de falas instigantes e cheiros reveladores.
Tudo parece se preparar para o desejado. Inconsciente, ou conscientemente, o corpo, a alma, ou qualquer outra coisa, parece se arrumar para outra morada. Uma morada de horas, dias ou meses, ninguém sabe ao certo. Mas o que é impossível negar, esconder ou até mesmo esquecer, é o que esse rapaz faz ao cruzar o olhar, que muitas por muitas vezes, tenta até desviar.
quarta-feira, maio 17, 2006
segunda-feira, maio 15, 2006
no canto da sala
Corpo seco e ressentido
Buscando respostas
Numa vida sem notas
Num caminhar desmedido
Atropelo de sentimentos
Da infância esquecida
Em copos de bebidas
E gestos impensados
Carência que aflora a alma
Já teve seus dias de glória
Abraço do homem amado
Colo do eterno namorado
Silêncio e retratos
Reforçam o cansaço
Das pernas doloridas
Seguindo a velha trilha
Íntimo impensado
Saindo em desatino
Olhando o pobre destino
Peito desnaturado
Buscando respostas
Numa vida sem notas
Num caminhar desmedido
Atropelo de sentimentos
Da infância esquecida
Em copos de bebidas
E gestos impensados
Carência que aflora a alma
Já teve seus dias de glória
Abraço do homem amado
Colo do eterno namorado
Silêncio e retratos
Reforçam o cansaço
Das pernas doloridas
Seguindo a velha trilha
Íntimo impensado
Saindo em desatino
Olhando o pobre destino
Peito desnaturado
sexta-feira, maio 12, 2006
Se...pero...
Dos Margaritas
Herbert Vianna
Fazer um desenho nas costas da mão
Despir a consciência das dores morais
Jogar uma vaca do décimo andar
Viajar sobre a lua que varre os sertões
Uma ostra chilena, um beijo em Paris
Se cortasse o cabelo e mudasse o nariz
Se Vital escrevesse a constituição
Se eu nunca quisesse quem nunca me quis
Ser dois e ser dez e ainda ser um
Se a vingança apagasse a dor que eu senti
Seco, reto, isento, amoral
Se eu nunca lembrasse o estrago que eu fiz
Tudo isso me faria feliz
Absurdos me fariam feliz
Pero nada me hará tan feliz
Como dos margaritas
Herbert Vianna
Fazer um desenho nas costas da mão
Despir a consciência das dores morais
Jogar uma vaca do décimo andar
Viajar sobre a lua que varre os sertões
Uma ostra chilena, um beijo em Paris
Se cortasse o cabelo e mudasse o nariz
Se Vital escrevesse a constituição
Se eu nunca quisesse quem nunca me quis
Ser dois e ser dez e ainda ser um
Se a vingança apagasse a dor que eu senti
Seco, reto, isento, amoral
Se eu nunca lembrasse o estrago que eu fiz
Tudo isso me faria feliz
Absurdos me fariam feliz
Pero nada me hará tan feliz
Como dos margaritas
terça-feira, maio 09, 2006
seca
A porta da madrugada se fecha
Sem certezas, sem promessas
Ficam apenas os cheiros
E nos sonhos as descobertas
Com o sol mais um dia caminha
Sem o medo de outrora
Trazendo verdades por vezes esquecida
E vontades comumente disfarçadas
As flores ainda permanecem lá fora
Sem aromas
Mal ouvidas
Murchas
E despercebidas
Na espera da bela chuva
Que vem banhar sua cama
Para disseminar seu novo aroma
Dentro da velha casa
Sem certezas, sem promessas
Ficam apenas os cheiros
E nos sonhos as descobertas
Com o sol mais um dia caminha
Sem o medo de outrora
Trazendo verdades por vezes esquecida
E vontades comumente disfarçadas
As flores ainda permanecem lá fora
Sem aromas
Mal ouvidas
Murchas
E despercebidas
Na espera da bela chuva
Que vem banhar sua cama
Para disseminar seu novo aroma
Dentro da velha casa
sexta-feira, maio 05, 2006
As crianças do século XXI
Bibia (2 anos e 9 meses): Tia, vai pegar a tartaruga.
Tia Beta (25 anos): ô minha linda, Titia não tem carro.
Bibia (2 anos e 9 meses): Tem “onbus”, tem?
Tia Beta (25 anos): Mainha, vem ver essa menina.
Tia Beta (25 anos): ô minha linda, Titia não tem carro.
Bibia (2 anos e 9 meses): Tem “onbus”, tem?
Tia Beta (25 anos): Mainha, vem ver essa menina.
quinta-feira, maio 04, 2006
ao cair da tarde
Dentro de casa uma voz suave chora
Será meu pensamento saindo em desalento
Ou talvez o meu desejo esvaindo no esquecimento
Será meu pensamento saindo em desalento
Ou talvez o meu desejo esvaindo no esquecimento
o samba da noite...
Uma bela mulher ou vários homens.
Uma voz e violão ou uma mesa de samba.
Em todos os lugares visitados na noite de ontem
esse samba se fez presente.
Salve, o samba.
Salve, quem faz samba.
Salve, quem sente o samba.
A Flor E O Espinho
by Nelson Cavaquinho, Guilherme de Brito, Alcides Caminha
Tire o seu sorriso do caminho
Que eu quero passar com a minha dor
Hoje pra você eu sou espinho
Espinho não machuca a flor
Eu só errei quando juntei minh'alma a sua
O sol não pode viver perto da lua
Tire o seu sorriso do caminho
Que eu quero passar com a minha dor
Hoje pra você eu sou espinho
Espinho não machuca a flor
Eu só errei quando juntei minh'alma a sua
O sol não pode viver perto da lua
E no espelho que eu vejo a minha magoa
E minha dor e os meus olhos rasos d'agua
Eu na seua vida já fui uma flor
Hoje sou espinho em seu amor
Eu só errei quando juntei minh'alma a sua
O sol não pode viver perto da lua
Tire o seu sorriso do caminho
Que eu quero passar com a minha dor
Que eu quero passar com a minha dor
Uma voz e violão ou uma mesa de samba.
Em todos os lugares visitados na noite de ontem
esse samba se fez presente.
Salve, o samba.
Salve, quem faz samba.
Salve, quem sente o samba.
A Flor E O Espinho
by Nelson Cavaquinho, Guilherme de Brito, Alcides Caminha
Tire o seu sorriso do caminho
Que eu quero passar com a minha dor
Hoje pra você eu sou espinho
Espinho não machuca a flor
Eu só errei quando juntei minh'alma a sua
O sol não pode viver perto da lua
Tire o seu sorriso do caminho
Que eu quero passar com a minha dor
Hoje pra você eu sou espinho
Espinho não machuca a flor
Eu só errei quando juntei minh'alma a sua
O sol não pode viver perto da lua
E no espelho que eu vejo a minha magoa
E minha dor e os meus olhos rasos d'agua
Eu na seua vida já fui uma flor
Hoje sou espinho em seu amor
Eu só errei quando juntei minh'alma a sua
O sol não pode viver perto da lua
Tire o seu sorriso do caminho
Que eu quero passar com a minha dor
Que eu quero passar com a minha dor
terça-feira, maio 02, 2006
Até parece o “Se vira nos trinta” do Faustão
Vende-se sapato social usado em ônibus sem vendedor.
O sapato encontrava-se perto da porta da saída do ônibus com um pedaço de papel escrito Vende-se. Fiquei imaginando de quem seria aquele velho sapato, mas de uma coisa eu tive certeza, o cara pelo menos é criativo e não fica “enchendo” o saco gritando com fortes agudos no ônibus. Olha o sapato social usado, quem vai quer?
...
Aluga-se cartão telefônico. Barraca no camelodromo.
O cara acompanha você até o orelhão, ver a quantidade de crédito no cartão e depois o quanto você gastou. Daí você paga por isso. Infelizmente não sei a cotação da unidade.
...
Época de tanajura, aquela formiga, deliciosa, que se come.
O homem briga com sapos e galinhas pelas tanajuras na beira da estrada. Um chuta o sapo daqui outro a galinha de lá, e a cadeia alimentar vira aos avessos. Mas em uma coisa os especialistas estavam certos, sempre sobrevive ou vence o mais forte. Resultado. Menino de barriga cheia e uma venda de formigas garantida.
(fato presenciado por Márcio Guerra, nas suas inúmeras viagens. Ele tem muita história para contar)
O sapato encontrava-se perto da porta da saída do ônibus com um pedaço de papel escrito Vende-se. Fiquei imaginando de quem seria aquele velho sapato, mas de uma coisa eu tive certeza, o cara pelo menos é criativo e não fica “enchendo” o saco gritando com fortes agudos no ônibus. Olha o sapato social usado, quem vai quer?
...
Aluga-se cartão telefônico. Barraca no camelodromo.
O cara acompanha você até o orelhão, ver a quantidade de crédito no cartão e depois o quanto você gastou. Daí você paga por isso. Infelizmente não sei a cotação da unidade.
...
Época de tanajura, aquela formiga, deliciosa, que se come.
O homem briga com sapos e galinhas pelas tanajuras na beira da estrada. Um chuta o sapo daqui outro a galinha de lá, e a cadeia alimentar vira aos avessos. Mas em uma coisa os especialistas estavam certos, sempre sobrevive ou vence o mais forte. Resultado. Menino de barriga cheia e uma venda de formigas garantida.
(fato presenciado por Márcio Guerra, nas suas inúmeras viagens. Ele tem muita história para contar)
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