segunda-feira, março 13, 2006

"Admito que Perdi"

Se você não suporta mais tanta realidade
Se tudo tanto faz, nada tem finalidade
Então pra quê viver comigo?
Eu não vou ficar pra ver nossa ponte incendiada
Nossa igreja destruída, nossa estrada rachada
Pela grande explosão que pode acontecer no nosso abrigo
Olhei pro amanhã e não gostei do que vi
Sonhos são como deuses
Quando não se acredita neles, deixam de existir
Lutei por sua alma, mas admito que perdi
E agora vou me perder nesse planeta conhecido
Intuir novos mistérios que ficaram escondidos
Naquelas palavras marcadas na sua carta de Adeus
Meu corpo vai sobreviver mesmo estando ferido
E até na hora de morrer eu não vou me dar por vencido
Porque sei que meus perdões vão estar bem ao lado dos teus
Olhei pro amanhã e não gostei do que vi Sonhos são como deuses
Quando não se acredita neles, deixam de existir
Lutei por sua alma, mas admito que perdi

Paulinho Moska

7 comentários:

Anônimo disse...

ahahahhahahaahahaha...
é a minha cara!!!ducaraio essa letra!!!

betita disse...

"E agora vou me perder nesse planeta conhecido
Intuir novos mistérios que ficaram escondidos..." O fato de admitir que não há mais nada que se possa fazer, nos deixa na condição vital de seguir o caminho. Não é seguir outros ou novos caminhos, acho que a colocação não é essa. Mas, seguir o caminho, aquele mesmo caminho, velho conhecido de sempre, só que agora com um outro olhar,com um outro referencial. A busca de uma "alegria modesta e diária..."

betita disse...

Mas, enquanto ela não chega, a alegria modesta e diária, ficamos com as alegrias eufóricas e efémeras....

Anônimo disse...

O melhor é quando você descobre depois que perdeu tudo, que nem tudo está perdido.

Bruno

Anônimo disse...

...isso! nada de exageros! pode ser simples, modesto... mas tem que ser sempre! mesmo distante! mesmo sem palavras... mas sempre presente!! admito que não é fácil... mas há de acontecer!! até lá... vamos nos perdendo nesse planteta conhecido!

Anônimo disse...

Que letra!

betita disse...

É uma angústia fudida, como diz Celo.