Nossas pulsões (conceito de fronteira entre corpo e mente) sofrem diversos destinos, entre eles temos a sublimação e o recalque. Ambos são mecanismos de defesa, no entanto, enquanto um se responsabiliza pelo interdito das pulsões, o outro fica responsável por canaliza-las para o mundo, transformando essas pulsões em comportamento socialmente aceitos. No entanto, não podemos subliminar eternamente nossas pulsões, não podemos satisfazer-las sempre de forma indireta, sempre as canalizando para o mundo social, pois essa satisfação indireta, ao extremo, pode levar a pulsão de morte.
Quando falamos em recalque, estamos falando da separação da idéia do afeto. O afeto dá o valo afetivo as idéias, as quais tornam-se inconscientes. O recalque é um dique que não permite que o nosso psiquismo seja inundando. Recalcamos as idéias, elas sim se tornam inconscientes, por sua vez, o afeto fica circulando no nosso psiquismo podendo a qualquer momento vir à tona. Por que muitas vezes sentimos algo que não condiz, de jeito nenhum, com o que estamos vivendo? Tenho certeza que todos já sentiram algo desse tipo. Já sentiu uma angustia incontrolável do nada? Um choro compulsivo sem motivo aparente? Pois é, isso ocorre porque o afeto não corresponde à situação atual. O afeto que foi dissociado da sua idéia inicial, a qual foi recalcada, fica circulando até emergir em uma situação qualquer da nossa vida
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Um comentário:
Pois é, eu sempre achei essas minhocas cinzentas muito complicadinhas.
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