"Toda nossa economia se tornou uma economia do desperdício
na qual todas as coisas devem ser devoradas e abandonadas
quase tão rapidamente quanto surgem
a fim de que o processo não chegue
a um fim repentino e catastrófico"
Hannah Arendt
terça-feira, agosto 23, 2005
quarta-feira, agosto 10, 2005
A elite e o menino
A jovem elite se cerca da beleza industrial para viver seus dias de rainha. Circula entre bares da moda, shoppings centers, salões de beleza, academias de ginástica, boates, mas quando entra no seu “peugeot”, esquece o outro lado, a rua, os sinais, as pessoas que criam o cenário principal da sociedade. A jovem não olha e nem reconhece aquele “menino” como um semelhante, apenas se distancia da realidade, para não entrar em contato com esse outro. Esse distanciamento, esse alheamento gera um sentimento de que o outro não deve ser respeitado fisicamente e moralmente. Diversas vezes essa jovem elite, revoltada por ter sido privada de algo do seu mundo encantado, verbalizou esse sentimento. Outras vezes, demonstra em ações o seu “distanciamento”, sua não “igualdade humana” em relação aos sócios-economicamente desfavorecidos: - pensava que era apenas um mendigo! Lembram?
O modelo de vida da elite, suas normas de comportamentos, suas aspirações são objetos de desejo, o dito ideal, e todos, os “meninos”, a elite baixa, alta, pequena, grande, querem esse ideal. A elite desfila com seu credit card na mão, e o menino nem dinheiro para o pão tem. Enquanto a elite se nega a enxergar o que lhe cegam os olhos, os “meninos” também se negam a enxergar o direito de uma loira sarada falar ao seu celular enquanto caminha na praia de Boa Viagem*.
O abismo criado entre a elite e o menino aumenta o “bandidismo”, conseqüentemente, o medo da sociedade. A elite negava a presença dos “meninos”, hoje os “meninos” negam a “presença humana” da elite, são ou somos, apenas objetos de roubo, corpos para atrocidades e sujeitos para consumir o que eles tem para oferecer.
* relato da revolta de um garoto, de um centro de reabilitação para menores infratores, quanto foi questionado o motivo do roubo. “Aquele galera desfilando com o celular, onde ela pensa que tá”.
O modelo de vida da elite, suas normas de comportamentos, suas aspirações são objetos de desejo, o dito ideal, e todos, os “meninos”, a elite baixa, alta, pequena, grande, querem esse ideal. A elite desfila com seu credit card na mão, e o menino nem dinheiro para o pão tem. Enquanto a elite se nega a enxergar o que lhe cegam os olhos, os “meninos” também se negam a enxergar o direito de uma loira sarada falar ao seu celular enquanto caminha na praia de Boa Viagem*.
O abismo criado entre a elite e o menino aumenta o “bandidismo”, conseqüentemente, o medo da sociedade. A elite negava a presença dos “meninos”, hoje os “meninos” negam a “presença humana” da elite, são ou somos, apenas objetos de roubo, corpos para atrocidades e sujeitos para consumir o que eles tem para oferecer.
* relato da revolta de um garoto, de um centro de reabilitação para menores infratores, quanto foi questionado o motivo do roubo. “Aquele galera desfilando com o celular, onde ela pensa que tá”.
segunda-feira, agosto 01, 2005
Ou não sei quem sou, ou não sei como escrevo
"A inclinação de sua letra mostra que você parece ser uma pessoa equilibrada, educada. Mas é um pouco “fria” com quem acaba de conhecer. A ligação de sua letra revela raciocínio lógico, dinamismo, método e uma tendência à rotinas. A direção de sua letra indica controle, constância e organização, especialmente nas tarefas cotidianas. A pressão que usa ao escrever sinaliza estabilidade e equilíbrio. As áreas valorizadas na sua escrita destacam imediatismo, preocupação com questões materiais e pouca motivação de crescimento interior. A forma de sua letra demonstra conservadorismo, formalidade e uma certa frieza em seus relacionamentos sociais. Tende a esconder sentimentos."
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