Não sei os lugares por onde ele anda. Por quantos amores anda sofrendo ou se anda feliz com um só. Um dia desses ele me ligou, disse que tava numa cidade pequena, com poucos habitantes e muito fria, não de temperatura, mas de sentimentos. Fiquei contente ao ouvir sua voz, mas ao mesmo tempo triste, pois tive a impressão que não veria meu velho amigo, nem tão cedo. Tentei não falar sobre esse meu sentimento, mas como sempre, não consegui. Falei do seu afastamento, falei que não precisava ir tão longe. “As pessoas sentem saudade!”, essas foram minhas últimas palavras, se não me falha a memória. Fui até a praça em frente a minha casa e tentei reviver o nosso último encontro. Tentei reviver um tempo que já não volta mais. Tentei ser novamente, Jane, simplesmente, Janice.
quarta-feira, novembro 24, 2004
quinta-feira, novembro 11, 2004
Inconsciente
"O que será que me dá
Que me bole por dentro, será que me dá
Que brota à flor da pele, será que me dá
E que me sobe às faces e me faz corar
E que me salta aos olhos a me atraiçoar
E que me aperta o peito e me faz confessar
O que não tem mais jeito de dissimular
E que nem é direito ninguém recusar
E que me faz mendigo, me faz suplicar
O que não tem medida, nem nunca terá
O que não tem remédio, nem nunca terá
O que não tem receita
O que será que será
Que dá dentro da gente e que não devia
Que desacata a gente, que é revelia
Que é feito uma aguardente que não sacia
Que é feito estar doente de uma folia
Que nem dez mandamentos vão conciliar
Nem todos os ungüentos vão aliviar
Nem todos os quebrantos, toda alquimia
Que nem todos os santos, será que será
O que não tem descanso, nem nunca terá
O que não tem cansaço, nem nunca terá
O que não tem limite
O que será que me dá
Que me queima por dentro, será que me dá
Que me perturba o sono, será que me dá
Que todos os tremores me vêm agitar
Que todos os ardores me vêm atiçar
Que todos os suores me vêm encharcar
Que todos os meus nervos estão a rogar
Que todos os meus órgãos estão a clamar
E uma aflição medonha me faz implorar
O que não tem vergonha, nem nunca terá
O que não tem governo, nem nunca terá
O que não tem juízo"
Definir o inconsciente através da música....só Chico Buarque mesmo.
Que me bole por dentro, será que me dá
Que brota à flor da pele, será que me dá
E que me sobe às faces e me faz corar
E que me salta aos olhos a me atraiçoar
E que me aperta o peito e me faz confessar
O que não tem mais jeito de dissimular
E que nem é direito ninguém recusar
E que me faz mendigo, me faz suplicar
O que não tem medida, nem nunca terá
O que não tem remédio, nem nunca terá
O que não tem receita
O que será que será
Que dá dentro da gente e que não devia
Que desacata a gente, que é revelia
Que é feito uma aguardente que não sacia
Que é feito estar doente de uma folia
Que nem dez mandamentos vão conciliar
Nem todos os ungüentos vão aliviar
Nem todos os quebrantos, toda alquimia
Que nem todos os santos, será que será
O que não tem descanso, nem nunca terá
O que não tem cansaço, nem nunca terá
O que não tem limite
O que será que me dá
Que me queima por dentro, será que me dá
Que me perturba o sono, será que me dá
Que todos os tremores me vêm agitar
Que todos os ardores me vêm atiçar
Que todos os suores me vêm encharcar
Que todos os meus nervos estão a rogar
Que todos os meus órgãos estão a clamar
E uma aflição medonha me faz implorar
O que não tem vergonha, nem nunca terá
O que não tem governo, nem nunca terá
O que não tem juízo"
Definir o inconsciente através da música....só Chico Buarque mesmo.
quarta-feira, novembro 10, 2004
Fotografias
Nostalgia.
Passado, passado.
Passado, presente.
Criança.
Adolescente.
Amigos antigos.
Novos amigos.
Pessoas que dificilmente encontrarei novamente.
Outras que terei o imenso prazer de rever.
Amigos que fazem muita falta.
Ex-namorados que nem sei se estão vivos, felizes ou casados.
Momentos que sempre vão ficar na memória.
Memórias que sempre vão ficar na história.
Fotos sinistras.
Fotos divertidas.
Fotos de sorrisos.
Fotos que deveriam ter sido tiradas.
Outras que nem tanto.
Fotos convencionais.
Fotos digitais.
Adoro fotografias.
Adoro minhas lembranças.
Adoro minhas caixinhas.
Por vezes, lágrimas derramadas.Por hora, sorrisos estampados.
Passado, passado.
Passado, presente.
Criança.
Adolescente.
Amigos antigos.
Novos amigos.
Pessoas que dificilmente encontrarei novamente.
Outras que terei o imenso prazer de rever.
Amigos que fazem muita falta.
Ex-namorados que nem sei se estão vivos, felizes ou casados.
Momentos que sempre vão ficar na memória.
Memórias que sempre vão ficar na história.
Fotos sinistras.
Fotos divertidas.
Fotos de sorrisos.
Fotos que deveriam ter sido tiradas.
Outras que nem tanto.
Fotos convencionais.
Fotos digitais.
Adoro fotografias.
Adoro minhas lembranças.
Adoro minhas caixinhas.
Por vezes, lágrimas derramadas.Por hora, sorrisos estampados.
quinta-feira, novembro 04, 2004
Não sublime tanto, nem recalque por demais
Nossas pulsões (conceito de fronteira entre corpo e mente) sofrem diversos destinos, entre eles temos a sublimação e o recalque. Ambos são mecanismos de defesa, no entanto, enquanto um se responsabiliza pelo interdito das pulsões, o outro fica responsável por canaliza-las para o mundo, transformando essas pulsões em comportamento socialmente aceitos. No entanto, não podemos subliminar eternamente nossas pulsões, não podemos satisfazer-las sempre de forma indireta, sempre as canalizando para o mundo social, pois essa satisfação indireta, ao extremo, pode levar a pulsão de morte.
Quando falamos em recalque, estamos falando da separação da idéia do afeto. O afeto dá o valo afetivo as idéias, as quais tornam-se inconscientes. O recalque é um dique que não permite que o nosso psiquismo seja inundando. Recalcamos as idéias, elas sim se tornam inconscientes, por sua vez, o afeto fica circulando no nosso psiquismo podendo a qualquer momento vir à tona. Por que muitas vezes sentimos algo que não condiz, de jeito nenhum, com o que estamos vivendo? Tenho certeza que todos já sentiram algo desse tipo. Já sentiu uma angustia incontrolável do nada? Um choro compulsivo sem motivo aparente? Pois é, isso ocorre porque o afeto não corresponde à situação atual. O afeto que foi dissociado da sua idéia inicial, a qual foi recalcada, fica circulando até emergir em uma situação qualquer da nossa vida
Quando falamos em recalque, estamos falando da separação da idéia do afeto. O afeto dá o valo afetivo as idéias, as quais tornam-se inconscientes. O recalque é um dique que não permite que o nosso psiquismo seja inundando. Recalcamos as idéias, elas sim se tornam inconscientes, por sua vez, o afeto fica circulando no nosso psiquismo podendo a qualquer momento vir à tona. Por que muitas vezes sentimos algo que não condiz, de jeito nenhum, com o que estamos vivendo? Tenho certeza que todos já sentiram algo desse tipo. Já sentiu uma angustia incontrolável do nada? Um choro compulsivo sem motivo aparente? Pois é, isso ocorre porque o afeto não corresponde à situação atual. O afeto que foi dissociado da sua idéia inicial, a qual foi recalcada, fica circulando até emergir em uma situação qualquer da nossa vida
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