A areia estava fria. Seus pés conseguiam, inexplicavelmente, sentir cada grão do enorme tapete pálido iluminado pelos últimos raios antes do deitar do sol. Suas mãos seguravam sandálias de couro e o resto de esperança do seu ser.
As ondas que vinham acariciar suas pernas brancas pareciam querer levar a frustração e a angústia da vida adulta.
Quando criança as ondas eram bem mais simples. Não tinham o peso da revelação, da transformação íntima. Apenas revelavam os pequeninos buracos dos tatuís que ali residiam...
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Um comentário:
Num domingo frio, entre inquietações e agonia, chegam aos olhos palavras leves, consolo pra uma alma inquieta.
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